É noite. Estou cansada. Sinto-te por perto. Tudo começa à pressa. Assim como nós vivemos as nossas noites. E os nossos dias. Mergulhados na escuridão que nos cerca, procuramos ainda mais escuridão para contemplar.
É noite. Ainda uma criança, eu. Cansada de tanto vazio que me cerca, encontro-te aqui. No meio de uma conversa, divagando sobre crenças e mais aquilo que te leva a querer continuar.
Debruçada, oiço-te. Hipnotizada, absorvo todos os gestos das tuas mãos. Todos os significados e significantes que elas me transmitem e desejo, tão-somente, tocá-las e entrelaçá-las nas minhas.
Há quem diga que não somos mais que meros adereços. Mas a nossa história é mais do que isso, apesar disso. Vivemos nela como aranhas numa teia. Em busca de algo. Pacientes na espera. Porque sabemos o que queremos e para onde ir.
É noite. Ainda uma criança, eu. Cansada de tanto vazio que me cerca, encontro-te aqui. No meio de uma conversa, divagando sobre crenças e mais aquilo que te leva a querer continuar.
Debruçada, oiço-te. Hipnotizada, absorvo todos os gestos das tuas mãos. Todos os significados e significantes que elas me transmitem e desejo, tão-somente, tocá-las e entrelaçá-las nas minhas.
Há quem diga que não somos mais que meros adereços. Mas a nossa história é mais do que isso, apesar disso. Vivemos nela como aranhas numa teia. Em busca de algo. Pacientes na espera. Porque sabemos o que queremos e para onde ir.
É noite. Estou cansada. Sinto-te por perto. Dás-me as mãos e percorremos a calçada até o dia surgir.