sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Cunhas

Lembrei-me agora que após quase 10 anos no mercado de trabalho, todos os empregos que tive até hoje foram graças a cunhas!
Contudo todas as cunhas são unânimes e dizem - talvez numa forte necessidade de dar explicações aos ouvidos que moram nas paredes - ela (que sou eu) está aqui não por cunha, mas sim por mérito próprio!
E eu e as paredes, fingimos que acreditamos.
Isso porque sou uma gaja porreira que tem ocupado lugares porreiros, sem grandes regalias laborais ou salários. Agora fico a pensar que nem fingir que acredito consigo quando me falam de mérito próprio em altos cargos públicos e/ou políticos...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Dúvida Gay

Tenho que partilhar esta minha dúvida existencial com os poucos (mas bons!!) habitués deste blogue: Porque é que todos os gays que eu conheço (até aqueles que pensam que me convencem que são heterossexuais) gostam da Madonna e fazem nudismo?
Ou serão os nudistas que na sua grande generalidade são gays e fans da Madonna? Se calhar a verdade é que os fans da Madonna tendem a fazer nudismo e a ser gays...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

João, aquele que vai muito melhor

Um certo dia, estava eu meio-hipnotizada pela prateleira dos enlatados do supermercado, quando encontro a mãe do João e tento meter alguma conversa de circunstância: Com que então às compras, hein? Então e o João, está porreiro?
Ela, assim que me ouve perguntar pelo filho, muda logo de expressão, passando da expressão de compradora de enlatados para a expressão de mãe esperançada em algo que nunca irá acontecer: O João agora, com a sua injecçãozinha quinzenal, vai muito melhor...
Silêncio. Sorriso que se pretendia de todas as cores menos amarelo. Eu não queria saber nada disso, só queria mesmo ser... simpática. Afinal ver uma pessoa nas compras e perguntar-lhe se está às compras não é assim tão mau. Pior é perguntar-lhe pela família. Olho para o relógio e digo atabalhoadamente: Bem, está na minha hora. Gosto em ver-te. Beijinho ao João!
Hoje vi-os, mãe e filho, ao longe. Nem me aproximei com medo de fazer perguntas indevidas. Ele lia o Correio da Manhã e ria às gargalhadas. Pensei com os meus botões: é certamente dia de injecçãozinha quinzenal.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008


Não me deixes morrer aqui sozinha nesta escada fria e suja. Faz-me qualquer coisa. Leva-me. Come-me. Mas por favor não me ignores.