quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Pessoa

A pessoa que mais deveríamos odiar em todo o mundo (para além de certas estrelinhas pseudo-jets-portuguesas e às vezes também pseudo-portuguesas) é a nossa própria pessoa. O nosso eu. A imagem que vemos reflectida no espelho mas também nos quase extintos charcos de rua.
Nós próprios, portanto.
Somos, sem dúvida, a pessoa que mais nos odeia e que mais nos mete obstáculos na vida. Tudo o resto é conversa, são desculpas, são paranóias e manias de perseguição.
Aquela pessoa que vive dentro de nós é pior do que qualquer veneno, do que qualquer falso amigo. É dessa que devemos ter cuidado, que devemos desconfiar à partida de toda e qualquer atitude que queiramos tomar. É ela que nos faz defender o comodismo (não confundir com comunismo, que é parecido mas não inerente à pessoa auto-existente em todos nós) e que nos diz para não avançar, porque nos podemos arrepender. É ela que nos arrasta para casa e que nos submete a horas passivas de sofá, que nos mete a contar os trocos na hora de beber um copo com um amigo, que nos mete a pensar em ladrões na hora de abrir uma janela.
Faço aqui um apelo: temam-na! Contrariem-na!
.. Mas façam-me o favor de ser felizes!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Jogo...



Se a vida é um jogo, então que seja daqueles que aceitam moedas de 50 cêntimos

Translate, please!

Se há coisa que me diverte, é ir às ferramentas de idiomas do Google e inserir um endereço de um site que eu queira ver traduzido.
Modéstia à parte, aqui as Coisas Gordas e Más ficam demais. Ora vejamos:
Para quem não quer perder tempo com "clicanços" em links, aqui vai um cheirinho com a tradução fantástica do texto "Acordo":

Deal
This morning, Dr. Dog turned to me and said: "Dona, Dona, let me stay here enroscadinho blankets in your work as you go?"
To which I replied: "Yes Dr. Dog, but with two conditions: do not stick lava and the dishes!"
He agreed.

Resta-me dizer, em bom inglês: Translate it again, Sam!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Acordo

Hoje de manhã, o Dr. Cão virou-se para mim e disse o seguinte: "Dona-Dona, deixas-me ficar aqui enroscadinho nas tuas mantas enquanto tu vais trabalhar?"
Ao que eu respondi: "Sim Dr. Cão, mas com duas condições: não fazes asneiras e lavas a loiça!"
Ele concordou.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

I'm going to London!

... Ouvem-se os aplausos ensurdecedores de milhares de pessoas em êxtase e eu subo ao palco com um ramo de flores no regaço...

É com um enorme prazer que eu vou rumar até Londres. É uma viagem que há muito queria fazer e agora vejo o sonho, que desde tenra idade me comandava a vida, tornar-se realidade. Falta uma semana exacta para voar até terras de sua majestade e eu mal consigo controlar a ansiedade. Mas, como em tudo na minha vida, nada disto seria possível sem o apoio incondicional de certas pessoas. E é a elas, especialmente hoje e sobre este acontecimento, que quero agradecer do fundo do meu coração.
Em primeiro lugar, aos meus pais. Foram eles quem mais me apoiou em todas as decisões que tomei em 29 anos de vida e esta, como todas as outras, teve o seu APOIO incondicional. Pelo que sem esse mesmo apoio, esta viagem não seria a mesma. Pais, levo-os no coração!
Ao David, amigo com lugar cativo no meu coração, pela OPORTUNIDADE dada. Pela hospitalidade, pela paciência e por patrocinar já pela segunda vez o meu alojamento numa cidade europeia. David, nunca irei esquecer a tua linda casa de Amesterdão!
Ao Paulo, por todas as massagens nos pés (Quero mais! Quero mais!) e por todas as vezes que fez de meu guarda-nocturno, quando eu tremia com medo de ficar numa casa tão GRANDE sozinha. Pelo amor, pelo carinho e pela compreensão, obrigada!
Aos meus amigos, por partilharem da minha alegria sem INVEJAS nem RANCORES. Sei que eles todos queriam ir e gostava de os levar a todos, mas desta vez, só desta vez, quero fazer as coisas SOZINHA. Por saber como me compreendem e apoiam bem, havemos de beber um copo antes da partida, para nos depedirmos e eu completar a lista das encomendas!
Ao meu trabalho. Pelo ordenado que me permite pagar estes LUXOS, pela flexibilidade que me permite tirar uns dias mesmo quando o trabalho aperta, pela compreensão e apoio do director e colegas. Bem hajam!
Por último, ao meu cão e ao meu gato. Sem eles, existiam certamente dias em que eu me sentiria mal-amada. Mas com eles por perto sinto, que mesmo quando tudo corre mal, há quem goste de mim sem MESQUINHEZ, sem FALSIDADE, sem CINISMO, sem PRETENSÕES. Sois, sem dúvida, os seres mais sinceros do mundo!

... Começo a chorar, recebo o bilhete de avião, dou um enorme abraço no representante da TAP e desço o palco ao som dos mesmos aplausos ensurdecedores...

Quando eu morrer

Por favor não vás chorar para o meu funeral, que me envergonhas!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Cuecajacking

Hoje descobri a resposta a uma questão que me assombrava há já algumas manhãs: Porque raio as minhas cuecas, incluindo as minhas favoritas, andam todas a desaparecer?
Não é costume andar por aí a largar as cuecas. Normalmente ando com elas vestidas e não na mala ou no bolso de trás das calças. Nunca as abandono, porque acho que abandoná-las seria o equivalente a deixar um rim na casa de um amigo. Então porque desaparecem?
E eis que, ao levar água morna no focinho antes de ir trabalhar, se fez luz na minha cabeça: sou vítima de Cuecajacking! Quase de certeza que anda por aí alguém, que assim que desapareço ao fundo da rua, entra na minha casa e sai montado nas minhas cuecas. E daí a resposta para que as minhas favoritas estejam a desaparecer também: é que tal como nos carros, este tipo de crime só se interessa naquilo que é Topo de Gama.
Agora que descobri a causa, falta-me descobrir a solução. Será que o Governo também está a tomar medidas contra este tipo de crime organizado? Ou será que os Cuecajackers vão continuar impunes e eu não tenho outro remédio se não ir comprar mais uma remessa de 10 a 5 euros no próximo mercado municipal?

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Trela

É engraçado reparar que quando saio com a trela à rua toda a gente pensa que eu tenho cão.

Pés

Quando falo das minhas aspirações, sejam elas de que natureza, as pessoas respondem-me com osbtáculos, com problemas. É raro encontrar alguém que se limite a ouvir e a apoiar. Parece-me, às vezes, que as pessoas têm tamanha dor-de-corno que não conseguem simplesmente apoiar, transferindo essa dor para a dimensão de frases arrepiantes "E o dinheiro?", "E o trabalho?", "E depois como vais fazer?"... Bah!!
Hoje, a este propósito, disse à minha mãe que sim, que é importante ter os pés assentes na terra em todas as decisões que tomamos, mas que é errado colá-los com super-cola. Quem os cola, não se dá oportunidade de dar um pulinho de vez em quando, não sente o prazer de um pezinho de dança. Fica estático a ver o mundo a movimentar-se e só lhe ocorre meter obstáculos aos outros que pulam e dançam à sua volta.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Estagnação

Quando penso que finalmente as coisas estão a encaminhar-se na minha vida, paro e reparo que afinal continua tudo na mesma e que eu ainda não saí do mesmo lugar.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Tachos Online

- Tachos Online boa tarde, fala a Carla, em que posso ser útil?
- Estou a telefonar-lhe porque precisava de um tachinho lá para Lisboa...
- Muito bem! Poderia só dizer-me qual é a sua cunha?
- Bem, a minha cunha é o Dr. Alberto, que ainda é meu primo em segundo grau.
- Ah, o Dr. Alberto!! Perfeito!!! Então e diga-me lá que tipo de tacho lhe agradaria pela Capital?
- Bem... bom, mesmo bom, seria um tachinho que tivesse um horário porreiro, para poder levar o meu filho à escola e ir comprar o jornal e beber um cafezinho com o meu amigo Dr. João. Conhece o Dr. João? Costuma beber café lá para os lados da Trindade...
- Sim, sim, Claro, o dr. João!!
- Bem, como eu ia a dizer, que desse para isso tudo e que me permitisse de vez em quando ir de férias, pois isto de trabalhar muito cansa e depois uma pessoa precisa de fugir para o estrangeiro para desanuviar.
- E que área gosta mais? Banca? Autarquias? Construção Civil?...
- Gostaria de um local em que não tivesse que estar fisicamente, percebe?
- Compreendo, então vamos ver o que podemos fazer por si e dentro de meia-hora mandamos confirmação do seu tacho via sms. Se não agradar, só terá que voltar a contactar-nos. Pode ser?
- Sim senhora, pode ser!!
- Podemos ser úteis em mais alguma coisa?
- Ah, sim. O meu filho está a terminar o curso de higiene e segurança no trabalho...

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

E depois do amor?

Será possível e pacífico que a amizade prevaleça depois do amor? Ou depois do amor só prevalecem as coisas más que fizeram com que ele chegasse ao fim?

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Saudades de me sentar aqui


A inveja

Já lá diz o povo (ou será antes a televisão?) que a inveja é uma coisa feia. E eu não podia estar mais de acordo, apesar de achar que mesmo assim há por aí invejas mais feias que outras.
Há a inveja com razão de ser e há a inveja mesquinha. A com razão de ser, embora feia como qualquer inveja, é tolerável. É aquela que temos do gajo que não tem que trabalhar para passar a vida a viajar pelo mundo fora, da amiga que namora com o sósia de uma qualquer estrela de cinema, do filho-da-mãe que conduz um porsche...
E depois há a inveja mesquinha, que para além de feia é completamente despropositada e intolerável. E é dessa especificamente que falo. Parece impossível, mas há quem tenha inveja ridícula e infundamentada de mim e das minhas pequenas coisas, de tudo quanto sou ou faço.
Para essas pessoas convém explicar que não há motivos para isso: sou licenciada e recebo o mesmo (vá, mais dez euros) que a administrativa do meu local de trabalho; estou em risco de ir para o olho da rua (tal como os restantes colegas) e como não tenho contrato nem nada, nunca terei direito a indemnização ou subsídio de desemprego; as duas únicas viagens que fiz ao estrangeiro (em 29 anos de existência!!!) foram em lowcost; a casa onde moro é da minha mãe e eu pago renda; no amor não sou feliz, se não já estava casada (casada casada, não sei bem!); entre muitas outras coisas altamente invejáveis...
Mas não me queixo, porque faço de tudo para ser feliz e para tirar o máximo partido desta única hipótese que me é dada de viver. Porque combato as contrariedades com jantares e abraços nos amigos. Porque acredito que cada porta que se fecha, obriga-nos a encontrar outra que se abra. E na impossibilidade de abrir uma porta, recorre-se ao pé-de-cabra ou salta-se pela janela, mas nunca à inveja. Porque essa não ajuda em nada. E não invejo os meus iguais, porque cada um tem aquilo que luta por. E há que lutar por tudo o que se quer, até ao fim.

Já lá diz a azulejaria tradicional portuguesa (ou será a televisão?):
SE TENS INVEJA DO MEU VIVER, FAZ COMO EU: TRABALHA!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

"Senupe", o super-cão alentejano!


Dúvida Gay II

Houve algo que eu esqueci de juntar ao 'post' sobre os nudistas fans de Madonna que em comum têm como tendência sexual a homossexualidade: Alguém me sabe explicar (para isto sim gostava de ter uma explicação plausível!!) porque é que TODOS nos primeiros 10 minutos de conversa com alguém, não resistem e perguntam de que signo é essa pessoa?
(Mais impressionante ainda é que quando a resposta não agrada, tentam saber o ascendente para justificar alguma característica evidente...)

Dúvida "freudiana"

Será que sou só eu que penso que os traumas de infância são na sua grande generalidade criados na idade adulta?