quinta-feira, 29 de julho de 2010

Que raio...

... de jornalismo que se anda a praticar em Portugal!
Não bastavam já os escandalosos erros ortográficos nos rodapés dos telejornais, que me envergonham e me provocam sensações de vertigem e ataques de pânico, agora também os factos são pouco factuais.
"The Cure no arranque do Festival Paredes de Coura", foi a notícia que li hoje no rodapé dum telejornal a abarrotar de incêndios e futebolistas. Ainda pensei que tinha lido mal, mas ela, a notícia, lá aparecia uma e outra vez a rodopiar, seduzindo-me e enganando-me, a sacana! Foi por pouco, muito pouco, que não anunciei a minha partida de emergência para o norte do país.
Já de malas feitas, beijinhos de despedida dados, mas ainda antes de me dirigir à bilheteira da CP, decidi averiguar na internet o cartaz oficial deste festival, não fossem uns quaisquer Depeche Mode também fazerem parte do pacote musical. Da consulta, resulta uma agradável surpresa: The Cure não irá arrancar nada e, o mais semelhante, são uns The Cult, a quem não presto culto nenhum (precisava de pelo menos dois posts para divagar sobre esta banda).
Os portugueses, que já praticavam um divertidíssimo jogo à hora das refeições chamado " 'Bora lá encontrar a palavra que está bem escrita no rodapé do noticiário", vão ter mais adrenalina com o upgrade do mesmo: " 'Bora lá saber se a palavra que está bem escrita pertence a uma notícia verdadeira".
A todos os pantomineiros deste país, deixo o conselho de uma pantomineira-amiga: quando quiserem dar credibilidade a uma mentirinha contada aos vossos amigos, o melhor não será - definitivamente!! - dizer que viram nas notícias, mas antes: "É mesmo verdade, malta! Foi a Dona Rosa, cabeleireira da minha mãe, que me contou!!"

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Vivo a sexta-feira de um dia qualquer

Gostava que me lesses a mente e me coçasses as costas, não por esta ordem sequer. Que me lesses os lábios e me voltasses a amar. Que me arrepiasses a espinha sem sequer te aperceberes.
Se te prouver, leva por aí a minha alma aos trambolhões, abandona-a descalça na areia quente da praia, grita-lhe um palavrão. Ela é tua, nunca minha.
E assim será, ou teria sido, acaso soubesses ler-me a mente, ler-me os lábios e tocar-me onde me dói.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Escuro

Está escuro cá dentro e tenho-me dentro lá fora. Onde me detenho, assustada, como se todo o nada existisse mais do que tudo em mim. Tacteio o mundo e descubro que não tenho tacto, nem olfacto e que cega, de mãos atadas, revejo a dor dos sentidos de quem os tem.

Autocrítica

Não gosto do 'post' anterior, nem doutros tantos que foram escritos aqui.