terça-feira, 28 de agosto de 2012

Uma palavra sem sentido, sai-me da boca gasta. Tinhas os dedos enrolados nos meus e o teu olhar de espanto tornou-se tédio e em menos de nada desapareceu. Ofereci-te uma colher de azeite, que dizem ser benéfica para as coisas que carecem de benefícios. Deste-me alho cru em troca. Mastigámos ruidosamente enquanto observávamos os malabarismos dos actores em pleno acto pornográfico. Contei-te um segredo que te fez rir alto e bom som. Disseste que gostavas assim de mim, tal como eu era: badalhoca e brincalhona. Corei e arrotei a alho. Não pedi desculpa, beijei-te.