quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Recomeçava do Zero

Começava do zero, sempre que se afundava em matemáticas. Recomeçava do zero, mas a tendência para esquecer os prefixos era óbvia. Afundava-se em questões gramaticais, também. Questões ortográficas. Questões semânticas.
Inclinava-se para as questões, de todas as formas e feitios e esquecia que estava apenas a recomeçar do zero. Somava, multiplicava, dividia e acabava subtraído. Subtraído até ao tutano. Até ser nada mais e nada menos que zero.
E congratulava-se de estar exactamente no meio de uma imaginária linha que separava o negativo do positivo, até ao infinito.

6 comentários:

Anônimo disse...

humildemente,curvo-me perante ti
Pedro

Cristina H. disse...

Humildemente agradeço aquele que para mim é um grande elogio, de um grande amigo.
(e não te curves muito, olha a costela!!)

Horatio Caine disse...

YEEEEEEEEEEAAAAAAAAAAHHH

Cristina H. disse...

Ahahahhahaha
(e neste momento, faço uma cara pensativa e sedutora e saco dos meus óculos escuros, para pensar melhor)
yeaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhh

Sheena disse...

Brilliant my dear...
E que bom que era se pudéssemos começar do zero sempre que nos apetecesse...uma folha em branco...muito sedutor sem dúvida...mas ao mesmo tempo,não será o fardo da nossa história acumulada que nos permite recomeçar uma vez e outra, com um headstart que nos oferece algumas possibilidades acrescidas... de sucesso, ou de mudança, ou de...

Cristina H. disse...

Sheena,
É, definitivamente, o fardo da nossa história acumulada que nos permite recomeçar do zero. Doutra forma, não teríamos noção nem capacidades para o fazer. Digo eu.
Obrigada pelo comentário, é uma honra vê-la por estes lados a passear e, principalmente, a gostar do que lê.
Um grande e forte abraço ao som de Censurados! (está a tocar o "amigo", ehehhe)