sábado, 12 de setembro de 2009

Por onde?

Onde me perco eu, que não me encontro? Onde te busco, que não te vejo, nem cheiro, nem oiço? Por onde tenho andado eu, que caminhos terei descoberto enquanto me e te procurava?
À noite, tremendo debaixo de lençóis esbranquiçados, encontrarei a razão que me trouxe até aqui. Então, preferirei todos os outros medos e pesadelos, que se vivem de olhos abertos em plena luz do dia, ao suor frio que irei suar. Aos dedos trémulos que prenderão a roupa da cama. Aos sons que de perto me rondarão, e que não serão ratos, nem ladrões, nem tão pouco almas deste mundo.
Mas só à noite saberei onde me encontrar, onde te buscar, onde nos procurar. Só à noite descobrirei que o onde que me perturba e intriga, é o sítio onde sempre me detive para pensar em nós.

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