Absortos são os dias em que vivo
É a luz que me fustiga
Por não ser mais nem menos que os outros todos
Por ser simplesmente igual e paradoxalmente inconformada.
Anestésica é a dor que me dá na alma e que se espalha velozmente por todo o resto que me pertence e me transcende.
Para que eu seja um pouco de anestesia também para além da dor que me dá gozo infligir.
Odeio a multiplicidade de espaços onde me deito,
A unicidade dos seres que tentam à força de amor me fecundar,
A diversidade de odores que me perfumam enquanto espreito e procuro
Um futuro melhor ou talvez o mesmo presente um pouco mais garrido.
Aplaudo os significados e os significantes de todas as insignificâncias
Que me fazem chorar, rir e talvez sonhar.
Sou tudo um pouco menos que todos os restos que deixo escrupulosamente no canto do prato.
Se amo, é porque toda a envolvente me diz que não há nada mais interessante para fazer.
Se não sou correspondida, mais uma razão tenho para beber um copo de vinho.
(por falta de imaginação, volto a publicar este velhinho post. Desculpem-me aqueles que já o conhecem)
É a luz que me fustiga
Por não ser mais nem menos que os outros todos
Por ser simplesmente igual e paradoxalmente inconformada.
Anestésica é a dor que me dá na alma e que se espalha velozmente por todo o resto que me pertence e me transcende.
Para que eu seja um pouco de anestesia também para além da dor que me dá gozo infligir.
Odeio a multiplicidade de espaços onde me deito,
A unicidade dos seres que tentam à força de amor me fecundar,
A diversidade de odores que me perfumam enquanto espreito e procuro
Um futuro melhor ou talvez o mesmo presente um pouco mais garrido.
Aplaudo os significados e os significantes de todas as insignificâncias
Que me fazem chorar, rir e talvez sonhar.
Sou tudo um pouco menos que todos os restos que deixo escrupulosamente no canto do prato.
Se amo, é porque toda a envolvente me diz que não há nada mais interessante para fazer.
Se não sou correspondida, mais uma razão tenho para beber um copo de vinho.
(por falta de imaginação, volto a publicar este velhinho post. Desculpem-me aqueles que já o conhecem)
4 comentários:
Não conhecia!
"Se não sou correspondida, mais uma razão tenho para beber um copo de vinho."
Muito bom!
Um beijo,
Aqui continua muito legal.
Seria bom se a gente não passasse tanto tempo a se parecer com os outros.
Massa o sei texto
Está simplesmente excelente. É pena o teu talento para as letras estar a ser mal aproveitado por causa das circunstâncias que nos rodeiam, mas mesmo assim, continua porque o que importa é criar, produzir e dar arte ao mundo porque de merda está o mundo cheio...
Obrigada Sapinho Diabólico,
É bom saber-te por estes lados, a ler-me e a comentar-me. Muito e muito obrigada pelas tuas palavras! :)
Pode ser que tenhamos a sorte de sermos reconhecidos em vida. Nada me daria mais prazer que viver da escrita e ver-te a ti a viver da pintura :)
Se quiseres um quartinho, arranja-se um barato naquela casa com vista para o rio :)
Bjs***
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