quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Pensava-me morta

Pensava-me morta. Quase morri. Bati certamente às portas da morte e, por sorte, ninguém atendeu.
Julguei-me então moribunda. Houve quem me desse a extrema-unção. Houve quem me chorasse aos pés da cama. Houve quem me tirasse medidas e até houve quem me encomendasse o caixão.
Encontrei-me adoentada, agasalhada com todos os cobertores que conheci. A cabeça a doer e o coração também. Os dias a quererem-se para lá das portadas sempre fechadas. Os lenços de papel a cobrirem o chão e a febre, sempre teimosa, a inundar-me os sonhos de imagens surreais.
E afinal... Afinal estava viva e só não me apetecia viver.

4 comentários:

Bayard disse...

gripe?

Cristina H. disse...

Dr Bayard,
Sim, mas foi só um dia!
Graças aos seus rebuçados estou muito melhor :)

António disse...

Morto de riso (dos dois comentários).

Cristina H. disse...

:)