Era Outono e caía, Maria, no charco.
Modesta criatura, de sonhos gigantescos, sofria de determinada aptidão, para cair, consecutivamente, nos mesmos buracos.
Era Outono e chovia, no charco, onde caía Maria.
Seca divindade, que o era por simpatia, ficar encharcada era apenas mais uma cruz que carregava e não temia.
Era Outono e morria, não Maria, aquela que jazia no charco vazia, mas outra qualquer, que farta estava de estar deitada, no seu leito, em agonia.
6 comentários:
gosto! e é pena que já esteja a chover. A maria, ainda que continue a cair, até há bem pouco tempo caía em chão seco.
noto uma mudança de estilo. também gosto.
gosto! e é pena que já esteja a chover. A maria, ainda que continue a cair, até há bem pouco tempo caía em chão seco.
noto uma mudança de estilo. também gosto.
Uma vez, vi o gajo dos Fúria do Açúcar sozinho, em noite de passagem de ano, no Arroz Doce no bairro. É uma imagem que não se esquece. Não há-de ele de gostar é do Verão.
Mudança de estilo ou crise no sector da escrita? Nunca a minha vida não virtual me influenciou tão negativamente a minha veia literária. É que não tenho escrito em lado nenhum. Este post foi-me arrancado a ferros e sempre com dúvidas se o havia de publicar.
Gosto que gostes. Se um dia publicar qq coisa Áçucar(nem que seja a lista de ingredientes de um qq produto de super-mercado), incluo-te na dedicatória.
Fúria do Açúcar e Arroz Doce. Há qualquer coisa que os une.
(esquece o "Açúcar" a seguir a "qq coisa". É este teclado marado que uso e a mania de escrever e publicar sem verificar se faz sentido...)
lindissmo. adorei a dinâmica interna de rimas, excelente e envolvente ritmo
:-)
Rui,
Muito obrigada :)
Um grande beijo!
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